No tradicional conto "A princesa e do sapo", a bela jovem beija o asqueroso animal, que vira um lindo príncipe... e todos vivem felizes para sempre, não é mesmo?!
Na crônica de Fernando Veríssimo, por sua vez, temos um desfecho bastante interessante e inusitado. Acompanhem!
Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico...
Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito.
Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa.
Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo.
A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre...
Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:
- Eu, hein?... nem morta!"
A crônica, por si só, dispensa comentários, não é?! E Fernando Veríssimo, como sempre, brilhantíssimo!
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