“Termino o livro e fecho o computador sabendo que, por mais que os escritores escrevam, os músicos componham e cantem, o essencial não tem nome nem forma: é descoberta e assombro, glória ou danação de cada um." (LYA LUFT)

sábado, 23 de abril de 2011

Permita sentir...

Vivemos em um mundo tão racional, tão metódico, tão mecânico. Temos sempre tantas coisas a fazer, tantas atribuições a cumprir que nos falta tempo até para refletirmos se estamos construindo a vida que realmente gostaríamos de ter.
"Ninguém reparou na lua... a vida sempre continua."
Seria bom se, ao menos, de vez em quando, parássemos e fizéssemos algo despretensiosamente, sem objetivos. Se abraçássemos sem esperar nada em troca, apenas para receber o calor humano de quem abraçamos; se sentássemos com os amigos para jogar papo fora, sem termos que nos policiar, calcular o que falamos, pensando, de antemão, em que resposta receberemos para o que falarmos; se sentássemos com a família, com aquele alguém especial, para agradecer por todas as dádivas que o Senhor nos propicia; se pudéssemos apreciar um pôr-do-sol ou ficar apenas em silêncio, ouvindo as batidas de nossos coraçãos.
Vivemos numa sociedade que constroi indivíduos, não, seres humanos. Queremos fabricar estilos de vida, objetivos de vida e esquecemo-nos de "construir" pessoas, sentimentos, emoções.
Seria bom se, ao menos, de vez em quando ou de quando em vez, fôssemos mais  emoção que razão.
Seria bom permitirmo-nos sonhar que, em algum momento, a vida possa ser assim e fazer de tudo para que ela realmente venha a ser. Poder desejar, como Vander Lee, "Que palavras sejam gestos, gestos sejam pensamentos da voz que move nossos corações".

Rafaela Santos

4 comentários:

  1. Rafa, simplesmente AMEI esse texto!! Parabéns pelo blog; muito BOM!!! Beijos, Lud

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  2. Obrigada, Lud - duplamente! Temos que aproveitar estes espaços na Internet pra falar de coisas boas. Bjão!

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